quarta-feira, 21 de outubro de 2015

“O futuro não é mais como era antigamente (...)”


O título é um fragmento da música “Índios” composta por Renato Russo e gravada pelo legião urbana em seu LP (Long Play – Disco de vinil para aqueles menos acostumados com a “old school” da múscia) chamado “Dois” no hoje distante ano de 1986.
Um ano antes, em 1985, foi lançado em holywood um filme chamado “De Volta para o Futuro”,  escrito e dirigido por Robert Zemeckis e Bob Gale, o filme instituiu uma neo-mitologia nerd. De acordo com essa obra, na data de hoje 21 de outubro de 2015, Marty McFly o protagonista da obra aportaria em nosso tempo, vindo de 1985 em um futuro – que agora podemos constatar – não se confirmou.
Ainda não temos cinemas holográficos, carros voadores movidos por mini-reatores nucleares e os afamados skates planadores.  Hoje posso ver que muito do que Zemeckis previu em seu exercício de futurologia estava baseado no desenho dos Jetsons criado pelos estúdios Hanna-Barbera.
 Meu sonho de consumo infantil: DeLorean Voador do Futuro
Mas hoje me contentaria com o Delorean "normal" do passado

Creio que McFly estaria profundamente decepcionado com o nosso ano 2015. Talvez como tenham predito os irmãos Wachowsky – criadores da trilogia Matrix – o ápice da nossa cultura e sociedade tenha acontecido por volta da virada do século XX. De lá para cá pouca coisa mudou. Como diria Elis Regina “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais(...)”.
Por outro lado, hoje utilizamos coisas que em 1985 seriam inimagináveis mesmo para os melhores xamãs e gurus de tecnologia. O advento da popularização da Internet e o acesso universal  à todo o conhecimento produzido pela humanidade, a virtualização de obras de arte e museus, as impressoras 3D, tevês de LCD e plasma não estavam previstas além da universalização das inúmeras telas que nos acompanham.
Se o futuro que sonhei graças à  Marty e o Dr. Emmet Brown não aconteceu, não me sinto frustrado, pelo contrário dou graças ao bom Deus que eu possa me empenhar em criar e moldar um futuro novo todos os dias, sem depender de previsões cinematográficas.

Bem vindo McFly ao futuro que você nunca sonhou. E que venham os próximos 30 anos!

Renato Russo e a Legião Urbana em Raríssima apresentação ao vivo

Andre Rangel ainda quer construir um futuro melhor para a sua "Dedessa".

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